Quem sou eu

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Preciso te contar como sou... para que me conheças um pouco melhor. Sou uma pessoa séria, respeitosa e não discuto limites de outras pessoas - a menos que me pisem o calo. Adoro a natureza, pássaros, verde, flores - e curto muito ficar ouvindo música e amar. Tenho medo da estrada do nada, só de ida, sem volta! Acho que a vida é meio estranha... me distancia sempre dos que amo. Gosto de cozinhar e inventar coisas, sou muito criativa. Pinto telas: óleo-sobre-tela e prefiro as paisagens. Ando descalça pelo gramado. Nadar é forte, faço quase todo dia. Por vezes, acordo taciturna e melancólica mas... fazer o que? Creio que isso vem dos humanos mesmo! Tenho sonhos, muitos! Principalmente o sonho de ser FELIZ!

sexta-feira, 29 de julho de 2011




Pai, começa o começo


Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- “Pai, começa o começo!”.
O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai não mora mais comigo. Moramos em cidades diferentes, pois minha escolha de vida assim conduziu e há anos não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.
Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas com a comunidade, o esforço diário que é a construção da vida religiosa, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de ajudar crianças,, jovens e adultos a serem realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido por meu pai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre, nunca se afasta e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.

TUDO ESTÀ CERTO


Conta uma antiga lenda norueguesa que um homem cuidava com muito zelo de uma capela, num distante povoado.

Haakon era seu nome e via, todos os dias, muita gente adentrar a ermida e orar, com devoção, frente a uma cruz muito antiga.

Certo dia, Haakon, impulsionado por um sentimento de generosidade, ajoelhou-se diante da cruz e fez uma oferta ao Crucificado.

Senhor, desejo padecer por Vós. Deixai-me ocupar o Vosso lugar.

O Senhor da cruz abriu os lábios e falou:

Amigo, posso atender a tua rogativa, mediante uma condição.

Qual é, Senhor? Será uma condição muito difícil? Estou disposto a cumpri-la.

Então, lhe disse o Cristo:

Escuta-me. Aconteça o que acontecer, não importa o que vejas, terás que guardar sempre absoluto silêncio.

O homem, resoluto, respondeu:

Eu prometo, Senhor!

Fizeram a troca sem que ninguém viesse a perceber. O tempo passou e aquele que substituía o Crucificado conseguia cumprir o seu compromisso de sempre se manter calado.

Um dia, porém, um rico foi até a capela orar. Ao sair, esqueceu a sua bolsa sobre um dos bancos.

Haakon viu e se calou. Também não disse nada quando, umas duas horas depois, alguém que também viera orar, encontrou a bolsa e a levou para si.

Ainda ficou calado quando um rapaz veio pedir as graças dos céus antes de empreender uma longa viagem.

Contudo, o rico retornou em busca do que esquecera.

Como não encontrasse sua bolsa, pensou que o rapaz se teria apropriado dela. Voltou-se para ele e o interpelou, com raiva, exigindo que lhe devolvesse o que lhe pertencia.

Não peguei nenhuma bolsa! – Defendeu-se o jovem.

Mentiroso! – Gritou o homem rico. E arremeteu furioso contra ele, no intuito de agredi-lo.

Então, uma voz forte soou:

Para!

E a imagem falou, defendendo o jovem e censurando o rico pela falsa acusação.

Este saiu aniquilado do local. O jovem, porque tinha pressa para empreender a sua viagem, saiu logo em seguida.

Quando a ermida ficou vazia, Jesus dirigiu-Se a Haakon e lhe disse:

Desce da cruz. Não serves para ocupar o meu lugar. Não sabes guardar silêncio.

E, ante as justificativas do servidor, trocaram de lugar, concluindo o Cristo:

Tu não sabias que era conveniente para aquele homem perder a bolsa que trazia o preço de muita maldade.

Quanto ao rapaz, que iria receber alguns golpes, as suas feridas o teriam impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal.

Faz uns minutos seu barco soçobrou e ele se afogou.

Tu não sabias, mas eu sabia. Por isso, eu sempre me calo.

Toda vez que acreditares que as tuas preces não foram ouvidas porque não foram atendidas, pensa que tudo está certo.

Logo mais ou um pouco depois descobrirás que Deus estava certo em Se manter silente.

Tenha certeza: nada te acontece que não seja o melhor para ti, naquele momento. Isso porque Deus nunca Se engana.

Você já viu um filhote de Porco Espinho??
É um fofinho picante. Mas, não deixe de ler a fábula, que é o mais importante...!






A Fábula do Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.